terça-feira, 19 de julho de 2011

Tomando ciência do mundo?

Como toda ecóloga que se preze, uma das coisas que estudo é a distribuição dos organismos. E são realmente impressionantes os mecanismos desenvolvidos ao longo da evolução para a sobrevivência e coexistência das espécies: adaptação, competição, mutualismo, simbiose... tudo atuando pra produzir esse mundo de hoje. Sim, houve vários ‘erros’ (extinção) para se conseguirem ‘acertos’ (perpetuação)!

Mas, no fim das contas, cá estamos! Eu, minhas plantinhas, você, seu cachorro (ou gato, pra quem é de gato), o vizinho brincando de bola, o passarinho cantando logo ali. Estamos todos aqui. Igualmente aqui, nesse momento!
(Não se preocupe, eu não esqueci que esse não é um blog acadêmico!)

Bem, chegamos até aqui, mas não somos tod@s iguais, claro! Você é diferente do seu cachorro, que é diferente do passarinho, que é diferente da planta, que – por sua vez – é diferente de mim. Na verdade nós mesm@s somos diferentes, certo? Bem, eu sou mulher, tenho 27 anos, cabelo cacheado, pele morena... e você?

Só que em termos de merecimentos e, portanto, de DIREITOS estamos tod@s no mesmo barco! E por isso precisamos de algum entendimento: se por um lado as diferenças são importantes e devem ser minimamente levadas em conta, por outro devemos nos tratar como semelhantes. E isso significa uma só coisa: RESPEITO. Sim, meu amig@, respeito! Nós (tod@s nós, seres pensantes) precisamos praticar essa máxima! 

Vamos dar um basta para as imbecilidades de um mundo onde ser homem vale mais que ser mulher, ser branco vale mais que ser negro (ou qualquer outra cor), ser rico vale mais que ser pobre, ser de religião X vale mais que ser da Y (ou não ser de nenhuma), ser da espécie humana vale mais do que ser de qualquer outra, e um monte de valores deturpados (mas intimamente intrincados no nosso cotidiano).
Vamos promover a liberdade a partir da aceitação e adaptação de valores. Afinal, mudar pra melhor faz bem!

Pra começar, que tal pensarmos um pouco sobre nós mesmos e sobre nossas atitudes no cotidiano? E aí, você pode me perguntar: mas pra quê eu vou perder meu tempo pensando nisso? Oras, eu faço aquilo que aprendi, preciso e quero! Mas tudo o que você “aprendeu, precisa e quer” é determinado por quem? Por você? Só por você? E, ainda, as conseqüências das suas atitudes refletem só em você?
Ahh, mas eu não quero ser uma pessoa melhor que ninguém! E definitivamente não quero que ninguém me diga o que fazer ou o que é certo e errado! (isso é uma coisa que ouço muito hoje em dia!). E eu respondo: QUE ÓTIMO! É disso mesmo que o mundo precisa: pessoas menos conformadas com o que aprenderam, com o que vêem e ouvem! E que, enfim, sejam capazes de questionar o outro e principalmente a si mesmo. Aí, quem sabe um dia a gente não fique tão frequentemente irritado, inconformado, desapontado e descrente em relação à sociedade da qual fazemos parte?

É, espero que da minha inconformação com o mundo que eu sinto hoje, possam surgir boas idéias.

2 comentários:

  1. Seria muito mais fácil se as pessoas soubessem o verdadeiro sentido do respeito. Se os "fiéis" das igrejas colocassem em prática um simples mandamento da bíblia, a quem sempre recorrem para segregar e julgar, um grande peso sobre as minorias desapareceria. Acho que nossa sociedade anda com preguiça de pensar, daqui a pouco irão odiar quem o faz...

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